domingo, 15 de abril de 2012

Restaurantes do Rio vivem verdadeira revolução na preparação para os eventos internacionais

POR AURÉLIO GIMENEZ

Rio - Os megaeventos internacionais que vão ter o Rio como cenário começam em junho, com a Conferência Ecológica Rio+20, e prometem ir muito além dos Jogos Olímpico de 2016, mas desde já promovem verdadeira revolução nos restaurantes, bares e hotéis da cidade. A corrida é para qualificar pessoal para receber bem o turista e fazer do Rio destino gastronômico obrigatório com a ajuda do cenário natural e de uma cozinha reconhecidamente diversificada e de qualidade.

“Além do desenvolvimento econômico, o legado dos grandes eventos será a capacitação da mão de obra local”, aposta Pedro De Lamare, presidente do Sindicato de Hotéis, Barese Restaurantes, que congrega mais 15 mil estabelecimentos no município. Para De Lamare, há carência de trabalhadores no setor e, devido à economia favorável no País, os bons profissionais estão retornando para os estados natais, no Norte e no Nordeste, a fim de abrirem seus próprios negócios.

Gerente de Gastronomia do Senac Rio, Francine Xavier conta que a entidade oferece vários cursos de formação em hotelaria e gastronomia. “Há muita demanda no setor e a pessoa que se qualifica só não trabalha se não quiser”. Em parceria com o Ministério deTurismo, o Senac Rio (telefone 4002-2002) disponibiliza quatro mil vagas no Pronatec Copa 2014, de qualificação em turismo e idiomas.

5 minutos com Antonio Montecinos

Diretor-geral do Centro Gastronômico e Hoteleiro da Cidade do México, Antonio Montecinos será destaque no ‘Seminário Internacional de Turismo Gastronômico’, a ser realizado em maio pelas Faculdades Hélio Alonso (Facha). Ele conversou com O DIA antes de desembarcar no Rio.

1. A gastronomia do Rio pode se beneficiar com os eventos internacionais?
— As pessoas desejam conhecer melhor a gastronomia do Brasil. É prioritário planejar os serviços, produtos e destinos gastronômicos para atender os diversos segmentos que visitarão o País. Os benefícios são muitos: mais clientes nos restaurantes, novos empregos e incremento da produção de alimentos, incluindo a exportação agrícola.

2. Como se preparar?
— Os restaurantes devem ter menus em vários idiomas, serviço de classe mundial e usar a tecnologia da informação a seu favor, como as redes sociais, para interagir com os clientes.

3. Como o senhor define a cozinha brasileira?
— O País é muito rico em sua cozinha regional, mas que continua sendo exótica para o mundo. É importante promover um planejamento gastronômico e turismo sustentável, ajudando o desenvolvimento de grupos sociais mais vulneráveis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário