quinta-feira, 19 de abril de 2012

Risco de apagão abre porta para lucrar com turismo receptivo

O turismo brasileiro está se tornando poliglota. Em 2011, cerca de 5,4 milhões de turistas estrangeiros aportaram no País - um recorde segundo o Ministério do Turismo, mas ainda baixo quando comparado a outras nações. A expectativa da instituição é de que número de estrangeiros visitando o Brasil chegue a 8 milhões com a Copa de 2014 e a 10 milhões com os Jogos Olímpicos de 2016.

O risco de um "apagão" da infraestrutura para esse público representa também uma oportunidade para pequenos e médios empreendedores do setor de serviços para o "turismo receptivo" - ou seja, voltado para recepcionar os estrangeiros que visitam o País.

"A Conferência das Nações Unidas Rio+20, a Copa das Confederações, a Copa do Mundo, as olimpíadas e o bom momento econômico do Brasil têm aumentado o interesse dos turistas estrangeiros", diz Aldo Arthur Sivierro, presidente do Sindicato das Empresas de Turismo do Rio de Janeiro (Sindetur-RJ).

Para ele, com a maior visibilidade, a imagem do Brasil deixa de ser marcada na mídia internacional apenas por notícias negativas, como desastres naturais e criminalidade. Ele acredita que o turismo internacional deve ter um aumento de pelo menos dois dígitos anualmente até as olimpíadas.

Sivierro vê alguns obstáculos, no entanto, para uma presença maior de estrangeiros. "O Brasil é um País distante do mercado da Europa e da Ásia, o que se torna num empecilho ainda maior com a moeda alta como está."

A Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) destaca ainda a carência de linhas de crédito e incentivos fiscais, a pouca integração entre os poderes público e privado, a falta de profissionais qualificados e que falem mais de uma língua e a precariedade da estrutura aeroportuária. A crise econômica que atingiu a Europa e os Estados Unidos também é um problema da conjuntura atual.

Arthur Sivierro avalia que pequenos e médios empresários teriam dificuldades em abrir agências de viagens que trabalhassem diretamente com turistas internacionais. "Geralmente, as empresas são recontratadas por agências internacionais. Para isso, é preciso ter um nome estabelecido e contatos, algo que leva algum tempo."

Ele pondera, no entanto, que empresários podem se aproveitar desse mercado oferecendo serviços já no Brasil para os turistas estrangeiros. "Aluguel de veículos, serviços de guias, e mesmo bares e restaurantes são necessários", exemplifica.

Jeep Tour
Foi exatamente prestando serviços para o público estrangeiro que surgiu a Jeep Tour. A empresa, fundada em 1992 no Rio de Janeiro, começou com apenas um carro e hoje já conta com 38. "Minha mãe começou com um veículo de sete lugares quando eu tinha 12 anos. Hoje, já podemos atender até 600 clientes num dia", conta o diretor e proprietário da empresa, Raffael Ricci.

Ele afirma que a empresa atende uma média de 100 turistas diariamente durante a alta temporada, cobrando de cada um cerca de R$ 100 por um passeio de quatro horas.

A empresa começou com o objetivo de oferecer um tour para os conferencistas estrangeiros da Eco 92, para que eles pudessem conhecer, com passeios de jipe, a Floresta da Tijuca - a maior mata urbana do mundo. A partir desse impulso inicial, a empresa fincou raízes e hoje já expandiu suas rotas para passeios > que abrangem desde praias até as comunidades dos morros.

Com os eventos internacionais na cidade, Ricci espera uma solução, ainda que parcial, para aquele que julga ser um dos maiores obstáculos para o turismo internacional: o alto preço da estadia na cidade. "O Rio é uma cidade muito cara, principalmente por causa do preço dos hotéis. Com a construção de mais vagas, espero que isso melhore", resume.

Cross Content
Especial para o Terra O turismo brasileiro está se tornando poliglota. Em 2011, cerca de 5,4 milhões de turistas estrangeiros aportaram no País - um recorde segundo o Ministério do Turismo, mas ainda baixo quando comparado a outras nações. A expectativa da instituição é de que número de estrangeiros visitando o Brasil chegue a 8 milhões com a Copa de 2014 e a 10 milhões com os Jogos Olímpicos de 2016.

O risco de um "apagão" da infraestrutura para esse público representa também uma oportunidade para pequenos e médios empreendedores do setor de serviços para o "turismo receptivo" - ou seja, voltado para recepcionar os estrangeiros que visitam o País.

"A Conferência das Nações Unidas Rio+20, a Copa das Confederações, a Copa do Mundo, as olimpíadas e o bom momento econômico do Brasil têm aumentado o interesse dos turistas estrangeiros", diz Aldo Arthur Sivierro, presidente do Sindicato das Empresas de Turismo do Rio de Janeiro (Sindetur-RJ).

Para ele, com a maior visibilidade, a imagem do Brasil deixa de ser marcada na mídia internacional apenas por notícias negativas, como desastres naturais e criminalidade. Ele acredita que o turismo internacional deve ter um aumento de pelo menos dois dígitos anualmente até as olimpíadas.

Sivierro vê alguns obstáculos, no entanto, para uma presença maior de estrangeiros. "O Brasil é um País distante do mercado da Europa e da Ásia, o que se torna num empecilho ainda maior com a moeda alta como está."

A Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) destaca ainda a carência de linhas de crédito e incentivos fiscais, a pouca integração entre os poderes público e privado, a falta de profissionais qualificados e que falem mais de uma língua e a precariedade da estrutura aeroportuária. A crise econômica que atingiu a Europa e os Estados Unidos também é um problema da conjuntura atual.

Arthur Sivierro avalia que pequenos e médios empresários teriam dificuldades em abrir agências de viagens que trabalhassem diretamente com turistas internacionais. "Geralmente, as empresas são recontratadas por agências internacionais. Para isso, é preciso ter um nome estabelecido e contatos, algo que leva algum tempo."

Ele pondera, no entanto, que empresários podem se aproveitar desse mercado oferecendo serviços já no Brasil para os turistas estrangeiros. "Aluguel de veículos, serviços de guias, e mesmo bares e restaurantes são necessários", exemplifica.

Jeep Tour
Foi exatamente prestando serviços para o público estrangeiro que surgiu a Jeep Tour. A empresa, fundada em 1992 no Rio de Janeiro, começou com apenas um carro e hoje já conta com 38. "Minha mãe começou com um veículo de sete lugares quando eu tinha 12 anos. Hoje, já podemos atender até 600 clientes num dia", conta o diretor e proprietário da empresa, Raffael Ricci.

Ele afirma que a empresa atende uma média de 100 turistas diariamente durante a alta temporada, cobrando de cada um cerca de R$ 100 por um passeio de quatro horas.

A empresa começou com o objetivo de oferecer um tour para os conferencistas estrangeiros da Eco 92, para que eles pudessem conhecer, com passeios de jipe, a Floresta da Tijuca - a maior mata urbana do mundo. A partir desse impulso inicial, a empresa fincou raízes e hoje já expandiu suas rotas para passeios > que abrangem desde praias até as comunidades dos morros.

Com os eventos internacionais na cidade, Ricci espera uma solução, ainda que parcial, para aquele que julga ser um dos maiores obstáculos para o turismo internacional: o alto preço da estadia na cidade. "O Rio é uma cidade muito cara, principalmente por causa do preço dos hotéis. Com a construção de mais vagas, espero que isso melhore", resume.

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Especial para o Terra

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