quinta-feira, 10 de maio de 2012

ABIH e Fohb terão de explicar “tarifas altas“ no Rio

DA AGÊNCIA CÂMARA DE NOTÍCIAS

O setor hoteleiro terá de explicar, na Câmara dos Deputados, os valores considerados abusivos das diárias no Rio de Janeiro. Um requerimento, do deputado Carlos Eduardo Cadoca (PSC-PE), para realização de audiência pública sobre esse assunto, em data a ser definida, foi aprovado ontem (quarta-feira, dia 9) pela Comissão de Turismo e Desporto. Entre outros, serão convidados representantes da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar); da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH); e do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb).

O presidente da Câmara, Marco Maia, afirmou que a Casa não pagará as diárias dos deputados em hotéis durante a Conferência Rio+20, sobre desenvolvimento sustentável, que será sediada no Rio de Janeiro em junho. Segundo ele, os hotéis apresentaram “preços abusivos”.

“Fiquei sabendo que o preço que estava sendo cobrado da diária do hotel que estava sendo oferecido à Câmara dos Deputados é de algo em torno de R$ 1,6 mil a diária. E eu já determinei que a Câmara não irá pagar essa diária para garantir a participação dos deputados na Rio+20 nessas condições”, afirmou.

GRANDES EVENTOS
Durante debate sobre os planos da Embratur para 2012, o deputado Valadares Filho (PSB-SE) levantou o problema do custos de hospedagem no Brasil, principalmente em períodos de grandes eventos de interesse internacional. Ele informou que integrantes do Parlamento Europeu estão cancelando sua vinda à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que será realizada em junho na capital fluminense, em razão do custo da viagem.

O presidente da Embratur, Flávio Dino, informou que o governo fez sua parte ao abrir linhas de financiamento pelo BNDES e promover a desoneração tributária para hotéis no Plano Brasil Maior. O dirigente fez um apelo aos empresários do setor para que não aproveitem o momento de superaquecimento da demanda para praticar preços abusivos.

“Isso interfere na imagem do País, que terá uma sequência de grandes eventos. Se houver uma má compreensão em busca de margens de lucro muito elevadas, estaremos, na verdade, matando a galinha dos ovos de ouro e comprometendo a sustentabilidade do crescimento do turismo no Brasil”, declarou.

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