segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Trem do Samba parte com homenagem especial a Noel Rosa

Criado em função do Dia Nacional do Samba, o Trem do Samba chega a sua 18ª edição com patrocínio da Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Turismo do Rio de Janeiro/Riotur. O evento começou nesta segunda-feira com uma série de shows, incluindo, entre outros, Paulinho da Viola, Dona Ivone Lara, Leci Brandão, Arlindo Cruz, Jorge Aragão, Martin’alia e Almir Guineto, agitará os palcos montados em Oswaldo Cruz. Mas é no próximo sábado, a partir das 18h20m, que a festa tem seu auge: nesta data, quatro trens e 32 carros já estão reservados para levar o público ao bairro.
A programação começa às 15h, na Central do Brasil, com shows das Velhas Guardas dessas e outras tradicionais escolas – como Mangueira, Salgueiro e Vila Isabel – além de Nelson Sargento, Monarco, Noca da Portela e Marquinhos de Oswaldo Cruz. De lá, partem quatro trens rumo ao bairro de Oswaldo Cruz. É lá que seis palcos estarão montados para recriar e celebrar o samba de raiz.
O evento é gratuito, incluindo a entrada nos trens do dia 7, mediante a doação de 1 kg de alimento não perecível. Neste ano, os usuários de smartphones com sistema operacional iOS e Android poderão fazer download gratuito do aplicativo iTremdoSamba que servirá como guia de bolso do projeto.A programação completa do evento pode ser consultada no site www.rioguiaoficial.com.br.
Um dos maiores nomes da música popular brasileira (MPB) de todos os tempos, Noel Rosa (1910-1937) foi o mais importante compositor da chamada Época de Ouro, na qual, por meio do rádio, cantores e canções se tornaram, pela primeira vez no país, fenômenos de comunicação de massa. Em sua curta vida – morreu de tuberculose antes de completar 27 anos –, o poeta da Vila compôs 227 músicas, entre elas algumas obras-primas cantadas e regravadas por intérpretes das gerações posteriores.
Nesta segunda-feira, Dia Nacional do Samba, Noel Rosa recebe homenagem especial com o lançamento, em DVD, do filme Noel Rosa, Poeta da Vila e do Povo, uma coprodução da TV Brasil e da produtora Cinemar. O evento, às 17h30, na Livaria Folha Seca, reduto de apreciadores do samba de raiz na Rua do Ouvidor, 75, no centro do Rio, marca também o sexto aniversário da emissora pública, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
O documentário surgiu de uma série de reportagens, em cinco episódios, que foi ao ar na TV Brasil em 2010, homenageando o centenário de Noel Rosa. O roteiro e a direção foram do jornalista Dácio Malta, que na ocasião estava escrevendo um espetáculo sobre o centenário do compositor.
– Eu acho que o documentário é definitivo. Quando fiz, já não tinha nenhum contemporâneo do Noel vivo. Usei muita coisa de arquivo. Mesmo se alguém fizer, vai ser impossível encontrar alguma coisa nova de Noel – disse o diretor.
Resultado de 20 meses de pesquisa, a produção foi realizada em apenas seis semanas, reunindo mais de 60 horas de gravações, além de dezenas de arquivos sonoros, fotos, partituras e originais de Noel. A produção executiva foi de Roberto Faissal e a direção musical ficou a cargo do cantor e compositor Zé Renato, que em 2001 gravou o álbum Filosofia, uma dupla homenagem a Noel Rosa e a Chico Buarque, outro grande nome da MPB que teve no poeta da Vila uma de suas maiores influências.
O narrador do documentário é o sambista Martinho da Vila, ligado desde o início de sua carreira à escola de samba do bairro imortalizado por Noel Rosa. No mesmo ano em que o documentário foi produzido, Martinho gravou um álbum – O Poeta da Cidade – em homenagem ao centenário de Noel.

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