As mudanças feitas no projeto inicial da Olimpíada de 2016 foram minimizadas pelas autoridades após a visita da Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI), durante esta semana, no Rio de Janeiro. Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio-2016, negou que algumas modalidades ainda estejam com sedes indefinidas e defendeu a construção de instalações temporárias para evitar "elefantes brancos".
Apesar de rúgbi, saltos ornamentais, basquete, hóquei sobre a grama e esgrima ainda não terem os locais de disputa confirmados, Nuzman garantiu que as soluções estão encaminhadas e alterações ocorreram por causa de pedidos das federações internacionais.
O rúgbi é o esporte que passa pela maior indefinição. A modalidade seria disputada em São Januário, mas o Vasco não apresentou no prazo as garantias financeiras para a realização das obras. O estádio de Moça Bonita, do Bangu, chegou a ser cogitado pelo prefeito Eduardo Paes, mas Nuzman descartou o local e explicou que uma arena provisória em Deodoro é agora a principal opção para a disputa do rúgbi.
"Recebemos a visita do presidente da Federação Internacional de Rúgbi, a quem apresentamos a opção de Deodoro, em instalação temporária. Ele gostou muito, e a proposta será apresentada a ele em março por Agberto Guimarães. A segunda opção seria o Engenhão", explicou Nuzman.
A princípio, o hóquei sobre a grama e o esgrima também seriam realizados em Deodoro, mas as federações querem a mudança para o Parque Olímpico da Barra da Tijuca. O basquete está definido em um novo ginásio a ser construído na Barra, mas a Fiba (Federação Internacional de Basquete) pediu a utilização de duas arenas, e um novo espaço também pode ser montado em Deodoro.
A última mudança foi solicitada pela Fina (Federação Internacional de Natação), que entende que o Parque Aquático Maria Lenk deve receber apenas o polo aquático. Com isso, as provas de saltos ornamentais seriam transferidas para uma estrutura provisória no Forte de Copacabana.
"Nos saltos ornamentais, a Fina nos solicitou que o Maria Lenk servisse apenas ao polo aquático. Ele está levando as plantas irão para análise na reunião do comitê executivo. Apresentamos como possibilidade o Forte de Copacabana, temporário, e eles adoraram. Vocês, fotógrafos e cinegrafistas, farão lá as imagens mais bonitas dos Jogos", afirmou Nuzman.
A construção de diversas instalações temporárias para a Olimpíada de 2016 poderia ir contra o argumento de que os Jogos deixariam um legado para a cidade. No entanto, Carlos Arthur Nuzman defende esta ação e dá a sua explicação: "Não quero que ninguém diga que teremos elefantes brancos. Vamos fazer instalações temporárias, que o mundo inteiro faz", justificou o presidente do COB.
Nuzman também se mostrou favorável à demolição de locais já existentes, como o Estádio de Atletismo Célio de Barros, o Parque Aquático Júlio de Lamare e o Velódormo da Barra, alguns utilizados no Pan-Americano de 2007.
Durante a entrevista coletiva da última quarta-feira no Rio de Janeiro, Nawal El Moutawakel, presidente da Comissão de Coordenação do COI, e Gilbert Felli, diretor executivo do COI, apresentaram um discurso alinhado com os brasileiros, fizeram elogios aos preparativos para os Jogos, mas alertaram para o tempo e disseram que 2013 será um ano crítico. A demolição de alguns estruturas foi considerada normal, com a justificativa de que instalações mais modernas serão construídas para o benefício dos atletas.
Fonte: http://www.cidadeverde.com/nuzman-defende-instalacoes-temporarias-no-rio-2016-125915
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