Philippe Campello, subsecretário de turismo do município do Rio de Janeiro, fez um apelo à Embratur, durante debate sobre as oportunidades do momento pós-Olímpico, para que a instituição aposte mais na promoção da cidade. "Eu sei que a Embratur tem outros cinco mil destinos para promover, e a promoção não pode apenas ser focada no Rio de Janeiro. Mas acredito que, nesse momento, o Rio tem que ser a locomotiva e receber o máximo de atenção do órgão", afirmou Campello, que ressaltou que as outras cidades brasileiras vão se beneficiar com a promoção da capital fluminense e com as Olimpíadas. "O governo tem que entender que as Olimpíadas não são apenas do Rio, e sim do Brasil todo", finalizou.
Segundo Campello, a Riotur deseja trasnformar o Rio de Janeiro em uma Smart City, uma cidade modelo que representará o país. Entretanto, a prefeitura ainda enfrenta algumas dificuldades. "A grande diferença das Olimpíadas de Londres é que grande parte do nosso orçamento de branding está sendo usado em obras de infraestrutura turística, como centros de informações turísticas", explica Campello que afirmou que, assim como Barcelona, o Place Branding do país deverá ocorrer durante e após o evento.
Para Roger Tondeur, presidente da empresa MCI, não apostar em promoção é um erro. "Se o dinheiro está indo mais para infraestrutura e menos para promoção, então vocês estão perdendo um grande momento. Quando uma grande empresa tem um investimento para promoção, 1/3 vai para a publicidade, enquanto 2/3 é usado em ações para estimular a publicidade. E eu não tenho visto muito dessa publicidade”, ressaltou.
Por sua vez, Jordi Carnes, CEO do Barcelona Turismo, afirmou que a promoção é importante para mostrar outras facetas do país. "Como você deseja que o Brasil fiquei conhecido? Pelo samba e pelo fu
tebol, ou que seja além disso? É através da publicidade e estratégias de promoção que se atinge esses objetivos. O trabalho de promoção é um trabalho de coordenação", destacou.
Chris Lynn, vice-presidente para América do Norte e mercados emergentes do London & Partners, enfatizou que o uso da tecnologia e das mídias sociais é de extrema importância para esse momento em que o Brasil se encontra. "A internet é essencial, uma vez que segmenta mercados e nos faz entender e compreender de onde vêm, como funcionam, o que desejam. Durante os jogos essas compreensão nos ajuda a prever quais os mercados que são importantes e interessantes para um futuro investimento", pontua.
Segundo Jackie Grech, diretora Jurídica e Política e conselheira da Associação Britânica de Hotelaria (BHA), portais e sites de reviews são umas das principais ferramentas que podem influenciar na imagem de um país. "Sites como o TripAdvisor, por exemplo, tem uma grande influência no consumidor. De acordo com pesquisas, 90% dos consumidores gerais afirmam que começaram a viagem por uma busca online e 65% se baseiam em alguma review online para decidir qual destino escolher e aonde vão gastar seu dinheiro. Através da internet é possível saber quem são seus consumidores em potencial e seus concorrentes. As mídias sociais por sua vez, representam um grande papel nisso tudo, onde os fatos, bons e ruins são rapidamente publicados no mundo inteiro", explica. Grech ainda afirma que é necessário saber lidar rapidamente com a má publicidade. "As redes sociais vão ditar como a imagem do Rio será vista pelo mundo. Há diversas ferramentas gratuitas, como o Facebook, Twitter, Google etc. disponíveis que ajudam na promoção de um destino", concluiu.
Fonte:http://www.mercadoeeventos.com.br/site/noticias/view/117109/rio-precisa-apostar-em-publicidade-para-olimpiadas
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