terça-feira, 15 de julho de 2014

Turistas geram R$ 4,4 bilhões durante a Copa no Rio de Janeiro, cidade que mais recebe visitantes.

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A Secretaria de Turismo do Rio de Janeiro confirmou nesta terça-feira aquilo que era visível pelas ruas da cidade: a invasão de argentinos superou a presença de pessoas dos demais países que participaram da Copa do Mundo. Foi da nação vizinha, disparado, o maior número de visitantes na capital fluminense – a sede do Mundial que mais recebeu estrangeiros durante o torneio. Ao longo da competição, 77 mil argentinos estiveram no Rio. O total foi de 886 mil pessoas.
Argentinos na Fan Fest do Rio de Janeiro (Foto: Felipe Schmidt)Argentinos foram maioria no Rio de Janeiro e também na Fan Fest (Foto: Felipe Schmidt)


Chilenos (45 mil), colombianos (31 mil), equatorianos e americanos (24 mil cada) aparecem na sequência no ranking. O país europeu que mais enviou cidadãos ao palco da final da Copa foi a França, com 16 mil pessoas. Os gastos dos turistas atingiram R$ 4,4 bilhões (média individual de R$ 639 por dia). Antes da Copa, o Ministério do Turismo estimara que o montante seria de R$ 1 bilhão, mas o cálculo se baseava apenas entre aqueles que tinham ingressos.
Torcida Espanha e Chile Maracanã (Foto: André Durão)Torcida chilena também esteve em grande número no Rio de Janeiro (Foto: André Durão)
A diferença esteve na quantidade de estrangeiros que viajaram ao Brasil, especialmente ao Rio de Janeiro, sem entradas para os jogos. Isso ajuda a explicar o montante de pessoas presentes na Fan Fest, em Copacabana. O local recebeu 814.666 torcedores, número bastante superior ao total de público presente nos jogos no Maracanã – 515 mil pessoas, média de 74 mil por partida. A maior presença de público ocorreu em 5 de julho, quando mais de 55 mil pessoas passaram pelo espaço para assistir a Holanda x Costa Rica e Argentina x Bélgica no telão.

Na segunda-feira, em coletiva de balanço final da Copa no Maracanã, foi informado que quase 700 mil turistas entraram no país apenas em junho, um aumento de 132% em relação ao mesmo período do ano passado. A taxa de ocupação na rede hoteleira teve média de 80% no começo do Mundial.
PRESENÇA DE ARGENTINOS
 Eu diria que os argentinos foram muito responsáveis por essa grande festa que se realizou"
Antonio Pedro Figueira de Mello, secretário especial de Turismo do Rio de Janeiro 
A prefeitura do Rio de Janeiro considerou a grande presença de sul-americanos sem hospedagem, especialmente de argentinos, seu maior desafio durante a Copa. Muitos usavam os próprios veículos – carros ou motorhomes como moradia. Para abrigá-los, a administração pública disponibilizou locais como o Sambódromo e o Terreirão do Samba - para evitar sua aglomeração em Copacabana, como aconteceu no começo do Mundial.

- Uma coisa que chamou a atenção é que a gente não estava preparado para os motorhomes, mas agimos rápido. Precisamos pensar se o mesmo acontecerá na Olimpíada. Com tudo que aconteceu, pode ser que eles venham de novo – disse o secretário especial de Turismo do Rio de Janeiro, Antonio Pedro Figueira de Mello.

A análise da Prefeitura é de que, apesar de alguns distúrbios (pichações e sujeiras), a grande presença de argentinos ajudou a formar a festa da Copa do Mundo no Rio de Janeiro.

- Eles fizeram uma grande festa. Como qualquer festa, você vai ter alguma coisa que vai precisar limpar e ajeitar depois. Às vezes, quebra um vaso, quebra um cinzeiro. Eu diria que os argentinos foram muito responsáveis por essa grande festa que se realizou – comentou o secretário.
RETORNO


Pesquisas de satisfação divulgadas pela Prefeitura indicam que 98,8% dos visitantes tiveram suas expectativas atingidas, o que alimenta a esperança de que retornem à cidade. Os turistas se mostraram particularmente satisfeitos com a hospitalidade dos brasileiros (aprovação de 97,1%). Segurança e limpeza tiveram os menores índices: 76%.

A cidade comemora ter sido o centro da presença dos jornalistas estrangeiros no país. A visão é de que ter recebido o IBC (centro internacional de imprensa da Copa) ajudou a passar a imagem do Rio para o exterior.

- O Rio de Janeiro não foi o coração da Copa por acaso. Enquanto todas as sedes estavam atrás dos jogos do Brasil, o Rio de Janeiro queria o IBC, queria ter aqui toda a imprensa. Mais de 18 mil jornalistas estiveram aqui. Existem disputas grandes entre as cidades, e essa foi uma das maiores brigas que o prefeito Eduardo Paes comprou – disse Antonio Pedro Figueira de Mello.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, um dia antes, se mostrou satisfeito com a organização do Mundial. 

- Achei que o Brasil estaria preparado para realizar uma Copa à altura das melhores expectativas. Sempre dizia que tínhamos feito coisas importantes e seríamos capazes de realizar a Copa, um evento sem mistério, sem segredos, mas com muito trabalho. Foi o que tentamos. Acho que conseguimos fazer – opinou.
Fonte:http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2014/07/rio-confirma-maioria-argentina-na-copa-fan-fest-supera-maracana.html

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