quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Panorama da Hotelaria aponta queda no crescimento econômico

Publicação anual da HotelInvest, a terceira edição do Panorama da Hotelaria Brasileira traz uma retrospectiva do ano de 2010 e aponta as principais tendências para a hotelaria brasileira nos próximos anos. O presidente da HotelInvest, Diogo Canteras, conta que um dos resultados mais significativos foi que, para 2011, a taxa de crescimento econômico nas regiões estudadas deve decair, porém com continuidade da tendência positiva para o desempenho do mercado hoteleiro e intensificação das atividades de desenvolvimento no setor.

Desde 2009, as regiões monitoradas são Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Curitiba. Neste ano, Porto Alegre passou a fazer parte das localidades.

Nesta última edição do estudo, que traz análises do desempenho do setor em alguns dos principais mercados nacionais, as informações apresentadas foram produzidas com base no desempenho comercial de 24.740 unidades habitacionais.

"Em função do PIB (Produto Interno Bruto), Salvador é o único mercado que deve ter perda de demanda. Os outros mercados tendem a mater o crescimento", afirma.

Segundo o Panorama, ainda que o cenário econômico seja moderado, as tendências observadas para o mercado hoteleiro no final de 2010 devem se manter. Com as perspectivas de elevação das diárias e estabilização dos preços de imóveis, os hotéis devem se tornar investimentos cada vez mais procurados. Além disso, a menor atratividade dos empreendimentos residenciais, comerciais e empresariais deve estimular as incorporadoras a desenvolver produtos hoteleiros por meio de fundos imobiliários e incorporação de condo-hotéis.

Para a Copa de 2014, Canteras acredita que o Rio de Janeiro receberá a maior demanda. "O turista internacional ainda almeja o Rio. Para eles, mesmo que o jogo seja em São Paulo, é mais interessante se hospedar no Rio para poder conhecer a cidade depois".

Regiões que não devem construir hotéis O presidente avalia ainda que grandes capitais deverão manter a ocupação entre 70 e 80% após o evento. Já Manaus, Belo Horizonte e Salvador tendem a perder a demanda obtida. Por este motivo, Canteras menciona que estas regiões não devem construir hotéis para a Copa.

Sobre o assunto, o estudo concluiu que o temido excesso de oferta em decorrência da Copa do Mundo e das Olimpíadas parece não estar ocorrendo e que há pouco tempo útil para que um grande volume de novos hotéis seja efetivamente implantado.

Por outro lado, as condições macroeconômicas indicam potencial para incremento expressivo da oferta em prazos mais longos para atender a demanda por hospedagem nas cidades brasileiras, independentemente dos eventos esportivos. O novo ciclo deve ser marcado pela disponibilidade de crédito, pelos fundos destinados a hotéis e por iniciativas como a autorregulamentação dos desenvolvedores de condo-hotéis. Todos esses fatos devem tornar a evolução do setor hoteleiro mais ordenada.

(Thais Queiroz)

Serviço
www.hotelinvest.com.br

Fonte: http://www.hoteliernews.com.br/HotelierNews/Hn.site.4/NoticiasConteudo.aspx?Noticia=69264&Midia=2

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