terça-feira, 11 de outubro de 2011

Brasil supera expectativa de estrangeiros, diz estudo da Fipe

Estudo revela que viagem para o Brasil supera a expectativa de um em cada três estrangeiros. Pela primeira vez na série histórica do levantamento, o percentual dos entrevistados que dão a nota máxima para o Brasil atinge os 31,5%. É o que mostra o resultado da pesquisa o Estudo da Demanda Internacional no Brasil, encomendada pelo MTur (Ministério do Turismo), em parceria com o Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), à Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

O número de estrangeiros que atribuíram ao turismo no Brasil o nível máximo de excelência cresceu 18,4%: passou de 26,6%, em 2009, para 31,5%, em 2010. Para Gastão Vieira, ministro do Turismo, a conquista cria "Novos 'garotos-propaganda' do Brasil no exterior, na medida em que as redes sociais são um termômetro das opiniões, interesses e escolhas dos viajantes, apontando, inclusive, tendências de comportamento e ganhando importância na hora de decidir qual será o próximo destino de viagem".

Segundo a pesquisa, a internet é a principal fonte de informações sobre turismo para 30,9% dos viajantes pesquisados. O boca a boca também continua sendo importante: 28,4% afirmaram consultar a opinião de parentes e amigos na hora de escolher para onde ir.

O índice que mostra a pretensão de retornar ao Brasil, segundo o ministro Gastão Vieira, revelou que o País fideliza o turista: 96% deles pretende voltar. O ritmo de crescimento do fluxo de visitantes confirma os números: "Estamos nos preparando para bater o recorde de chegadas internacionais, de 5,1 milhões em 2010 para no mínimo 5,4 milhões em 2011; com crescimento da entrada de dólares, de US$ 5,9 bilhões para US$ 6,7 bilhões em 2011", destacou Vieira.

Procedência e gasto médio

Cerca de 46% dos visitantes internacionais são sul-americanos, 31% são europeus e 15% vêm da América do Norte. Os três continentes respondem, juntos, por 70% do receptivo internacional do Brasil. Apenas dois países - Argentina e Estados Unidos - são responsáveis por 40% do receptivo brasileiro. Os europeus gastam, em média, U$ 1.614,00 - três vezes mais que os sul-americanos em viagem ao Brasil. O tempo de permanência dos europeus também é 2,5 vezes maior que o tempo de estadia dos sul-americanos - 24,3 dias contra 10,3 dias. Os norte-americanos gastam U$ 1.382,00 e ficam no País por, em média, 19,5 dias.

O gasto diário de visitantes que vêm para o turismo de lazer é de U$ 70,53. Entre os viajantes de negócios e eventos, o gasto sobe para U$ 119,38 ao dia. A permanência média em viagens de lazer é de 12 dias, enquanto no segmento de negócios, o tempo de viagem é de 12,7 dias. As entrevistas foram realizadas nos aeroportos de Manaus (AM), Belém (PA), Fortaleza (CE), Natal (RN), Recife (PE), Maceió (AL), Salvador (BA), Porto Seguro (BA), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS), que representam 99% do fluxo internacional aéreo. A equipe da Fipe também aplicou questionários em postos de fronteiras terrestres que representam cerca de 90% do fluxo internacional terrestre no País: Chuí, Jaguarão, Santana do Livramento, Uruguaiana e São Borja, no Rio Grande do Sul; Dionísio Cerqueira (SC); Foz do Iguaçu (PR); Ponta Porã e Corumbá (MS); Epitaciolândia (AC) e Pacaraima (RR).

Além de quantificar o movimento de turistas no País, detalhar o perfil socioeconômico do visitante e apresentar seus motivos e motivações de viagem, o estudo confirma quais são meios de transporte e hospedagem utilizados e o grau de fidelização ao destino Brasil. Também revela a avaliação dos atrativos e infraestrutura turística nacionais, serviços adquiridos pela internet e por meio de agência de viagem, entre outras informações que permitem ampliar o conhecimento sobre a dinâmica e a evolução do turismo internacional no Brasil.

O resultado subsidia a formulação de políticas públicas, a definição de estratégias de promoção turística do País no exterior e norteia decisões empresariais do setor. A base de dados do estudo Caracterização e Dimensionamento do Turismo Internacional no Brasil foi coletada de janeiro a outubro de 2010. A margem de erro média é de 5%. A série histórica foi iniciada em 2004.

Serviço
www.turismo.gov.br

Fonte: http://www.hoteliernews.com.br/HotelierNews/Hn.site.4/NoticiasConteudo.aspx?Noticia=69584&Midia=2

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