2011 foi o melhor ano para o turismo em nossa história. Recebemos mais de 5,4 milhões de turistas estrangeiros e fechamos o ano com mais de US$ 6,5 bilhões de entrada de divisas oriundas da atividade.
Assim, crescemos acima da média mundial, cumprimos as metas estabelecidas pelo nosso planejamento estratégico e consolidamos uma posição expressiva em nossa economia.
Esses indicadores favoráveis derivam do notável esforço de nossos empresários e profissionais do turismo, associado aos programas dos governos federal, estaduais e municipais, que vêm investindo crescentemente em infraestrutura e promoção turística.
Evidentemente, tudo seria inócuo se nosso país não estivesse em um bom momento, navegando nas águas turbulentas da crise mundial com grande peso político.
É hora de superar entraves e caminhar com firmeza para a marca dos 10 milhões de turistas estrangeiros, pautando o tema da competitividade de nossos destinos e produtos turísticos como uma questão nacional.
Qualidade e preço são debates fundamentais, na medida em que seria desastrosa a consolidação da ideia do Brasil como um destino caro. O superaquecimento da demanda em muitos setores não pode matar a "galinha dos ovos de ouro", crime que outras nações já praticaram na gestão turística.
Precisamos de um pacto nacional pelo turismo, sobre infraestrutura, marco regulatório, qualidade e preço, envolvendo as três esferas de governo, o Congresso e a indústria, levando à prática as muitas boas ideias já produzidas.
Nossa geração tem uma chance única pela frente, que dificilmente se repetirá neste século: num intervalo de cinco anos, o país receberá os maiores eventos do planeta, começando pela Conferência Rio+20 neste ano e culminando com os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016.
Os megaeventos irão gerar megaexposição do país no exterior, por isso a batalha estratégica desta quadra histórica reside no legado de imagem que ficará após o Brasil passar pelo rigoroso teste de bilhões de olhos a nos acompanhar.
Até aqui, estamos sendo aprovados: 96% dos turistas que vieram ao país em 2010 manifestaram desejo de voltar, segundo pesquisa feita pela Fipe, a pedido do Ministério do Turismo e da Embratur.
A Embratur irá, em 2012, lutar por números ainda melhores, utilizando ferramentas já conhecidas e desenvolvendo novas, por exemplo na área cada vez mais essencial da comunicação digital. Vamos lançar um novo estande para feiras internacionais, com muita tecnologia e espaços para a Copa e para a nossa gastronomia.
Instalaremos 13 Escritórios Brasileiros de Turismo, em todas as partes do globo, e vamos avançar na promoção do turismo cultural e social. Além disso, vamos apoiar, com critérios objetivos, voos fretados visando complementar a malha aérea comercial.
Tenho a convicção de que estamos em um vigoroso ciclo virtuoso que reforçará o papel do turismo como um dos propulsores do desenvolvimento nacional, com sustentabilidade e alta capacidade de distribuir renda em todo o nosso vasto e belo território
Flávio Dino é Presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur)
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