"Não é somente um filme, é um movimento de valorização da Cidade Maravilhosa". A frase é a definição que Leonardo Barros, sócio-produtor da Conspiração Filmes, uma das idealizadoras do longa, dá a "Rio, Eu Te Amo", cuja filmagem começa hoje.
O projeto envolve 11 diretores de sete países com um mesmo objetivo: fazer uma declaração de amor à cidade brasileira que tem o título de Patrimônio Cultural da Humanidade.
A produção faz parte da bem-sucedida franquia "Cities of Love", criada pelo diretor francês Emmanuel Benbihy, que já teve uma versão sobre Paris e uma sobre Nova York. Os responsáveis por não deixar que o filme se torne uma salada incoerente são o diretor Vicente Amorim e o roteirista Fellipe Barbosa, que cuidam das cenas de transição.
"Temos que pensar em como fazer essas histórias conversarem", falou o cineasta.
Pérolas da cidade
Quem dá o pontapé inicial é o diretor da animação "Rio", Carlos Saldanha, com história de amor entre dois bailarinos, vividos por Rodrigo Santoro e Bruna Linzmeyer, que se passa no Theatro Municipal.
"No universo cinza do centro da cidade, o Municipal parece um tesouro", justifica Saldanha.
Nascido em Petrópolis, Santoro, que revela que teve pouco tempo para ensaiar para o seu papel, assume: "Apesar de fluminense, sou um amante do Rio". Já Bruna ressalta o que chamou de "gostosidade" da cidade, com o clima sempre relaxante. "Adoro as praias lá longe, de Grumari, do Recreio".
Fernando Meirelles ("Cidade de Deus"), José Padilha ("Tropa de Elite" e "Robocop") e Andrucha Waddington ("Penetras") estão entre os brasileiros que fazem parte do time de diretores.
Os cineastas estrangeiros que assinam segmentos são o sul-coreano Im Sang-soo ("A Empregada"), o australiano Stephan Elliott ("Priscilla, A Rainha do Deserto"), a libanesa Nadine Labaki ("Caramelo") e o mexicano Guillermo Arriage ("Vidas Que se Cruzam").
"Um desafio é a logística de produção, já que temos uma equipe de diferentes nacionalidades, mas acredito que estamos fazendo um documento histórico muito importante para a cidade", avaliou, confiante, o produtor Pedro Buarque de Hollanda.
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