quarta-feira, 7 de março de 2012

Rio anuncia campo de golfe de R$ 60 milhões para Jogos de 2016

ANDRE NADDEO
Direto do Rio de Janeiro

A prefeitura do Rio de Janeiro e o comitê organizador dos Jogos de 2016 anunciaram nesta quarta-feira a construção do primeiro campo de golfe olímpico do mundo - a modalidade volta a ser disputada após uma ausência de 112 anos. A empresa Hanse Golf Course Design, com sede na Pensilvânia, nos EUA, foi a vencedora do concurso internacional e ficará responsável pela execução do projeto - orçado em R$ 60 milhões.

O valor total da obra virá da iniciativa privada, uma vez que o dono do terreno, junto com uma construtora, terá como contrapartida a permissão por parte da Prefeitura do Rio para a construção de até 23 prédios comerciais e residenciais, de até 22 pavimentos, em 7% da área.

A legislação anterior limitava as construções em até seis andares - com a nova proposta, além de se ampliar o leque de apartamentos, a construtora terá ainda a prerrogativa de ter imóveis com vista para o mar. O terreno supera um milhão de metros quadrados e está localizado na reserva de Marapendi, próxima a lagoa homônima e ao mar, e ao lado do condomínio de luxo Riserva Uno, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da capital fluminense.

"Esta parceria faz com que o campo de golfe seja construído sem um tostão de dinheiro público", afirmou o prefeito Eduardo Paes, que assim como na última terça-feira, esteve acompanhado de membros do Comitê Olímpico Internacional (COI), e do presidente do comitê organizador dos Jogos Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman.

O contrato tem validade de 25 anos e o campo de golfe será aberto ao público, de acordo com a Prefeitura, após a realização dos Jogos. Uma organização social mantida por outro grupo privado ficará responsável pela manutenção do local.

"Não há previsão para o início da construção. Estas datas estão começando de trás para frente. O campo de golfe tem um tempo importante de maturação da grama e tem a necessidade de que se inicie o mais rápido possível. Estamos entrando no período de detalhamento do projeto para depois, sim, assinar o contrato para a construção efetiva", explicou Paes.

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