quarta-feira, 24 de julho de 2013

Jornada Mundial da Juventude receberá 2,5 milhões de pessoas e vai movimentar R$ 1,2 bilhão

Por Luiz Gustavo PACETE

Apesar de os jovens não serem a maioria entre os católicos, conforme pesquisa divulgada nesta segunda-feira (22) pelo Instituto Datapopular, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontece nesta semana no Rio de Janeiro e conta com a presença do papa Francisco, tem um gosto especial para a Igreja: o de renovação diante de um público cada vez mais distante.

Renovação não só no diálogo que o pontífice vem desenvolvendo com as novas gerações, mas também na atenção dispensada pela igreja aos temas atuais. No contexto econômico, o evento contribuirá com a economia nacional com algo equivalente a R$ 1,2 bilhão entre serviços e comércio com um público esperado de mais de dois milhões de pessoas.
 
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Peregrinos de vários países vieram ao Brasil para o evento
 
Ronald Ázaro, secretário de Turismo do Rio de Janeiro, espera que somente no comércio carioca os ganhos sejam de R$ 275 milhões. “É grande a expectativa para que o evento impulsione também o turismo religioso no Brasil." A pasta espera aproveitar o evento para promover uma categoria de turismo que, em 2012, trouxe ao Brasil 16,3 mil visitantes e motivou a viagem de 1,1 milhão de brasileiros pelos destinos religiosos do País.
Grandes e pequenos

Com a comunicação a cargo da agência Havas, a JMJ possui uma estrutura de patrocínio e licenciamentos de alto nível. Do banco Bradesco ao McDonald's, são oito marcas oficiais. Juntas, essas empresas são responsáveis por investir algo próximo de R$ 20 milhões no evento.
 
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Francisco recusou o uso de uma aeronave mais sofisticada

Indiretamente, marcas como Alitalia, Mercedes-Benz, Vinícola Salton e SulAmérica também terão suas exposições. A SulAmérica vai segurar os peregrinos oficiais com até R$ 30 mil. A Alitalia é a companhia aérea oficial do papa e a Salton produz o vinho que será consumido pelo pontífice, além dos vinhos canônicos. Ázaro explica que, apesar do potencial de consumo dos peregrinos, é importante observar que eles não são turistas convencionais - possuem outro perfil e, em vez de ocupar os hotéis, a maioria ficará em casa de famílias.

Oportunidade de marca

A presença de Francisco no Brasil é também a grande oportunidade para microempresas que conseguiram licenciar suas marcas e produtos para o evento - ao todo 25 estão cadastradas. Silvia Blumberg, designer de joias e proprietária do ateliê Arte Coletiva, espera aumentar o faturamento da empresa em 200% com a venda de brincos, pulseiras e colares relacionados ao encontro. “O maior benefício de estar com a marca licenciada é o ganho de confiança para ter oportunidade em outros eventos."
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Brincos produzidos pela empresa Arte Coletiva
 
De joias e canecas até camisetas, há espaço para os mais variados tipos de produtos. Inclusive protetor solar. A Arpoador Cosméticos estima crescimento de 15% nas vendas. Leandro Araujo, sócio da empresa, conta que, além das vendas pontuais, a empresa desenvolve uma série de ações em pontos de venda. “Para realizar a ação de uma forma divertida, criamos um totem no formato de oratório que será disponibilizado nas principais drogarias da cidade."

Luciana Salton, diretora-executiva da Vinícola Salton, comemora o fato de o Vinho Talento ser escolhido como a bebida oficial do papa no Brasil. A executiva estima que foram enviadas ao Rio de Janeiro 970 garrafas, entre vinho fino, canônico, espumante e proseco. A fabricante de hóstias São Francisco foi outra empresa escolhida como fornecedora oficial e estima produzir até 1,5 milhão de hóstias para o evento.
 
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