Por Ana Paula Dourado
O presidente da CDR participou, na manhã de ontem (26), do Seminário Turismo Brasil, realizado pela CNC e o jornal O Globo, no Rio de Janeiro
Como presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), participou nesta manhã, no Rio de Janeiro, do Seminário Turismo Brasil - Balanço Pré-Copa e Grandes Eventos e Perspectivas para o País. O encontro, promovido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com o jornal O Globo, reuniu especialistas e gestores públicos. O objetivo foi debater sobre alternativas que levem o Brasil a ser mais competitivo e aumente a sua participação como destino turístico, a partir da realização de grandes eventos Em sua apresentação, o senador lembrou que o turismo está entre as atividades que mais crescem no mundo. Na contramão da crise econômica mundial de 2009, o setor mostrou recuperação contínua e sustentável, com crescimento médio anual de 4%, com pico de 5% detectados no primeiro semestre de 2013. “O número de viajantes já beira os 500 milhões. Sobre o impacto do setor na economia global, o turismo responde por 9,5% do PIB, uma proporção semelhante a dos investimentos em todo o planeta no ano de 2013”, destacou.
Valadares acredita que o Brasil precisa acelerar o ritmo de modernização de equipamentos urbanos, qualificação profissional, aumentar a estrutura hoteleira e aperfeiçoar back ground legal para aprimorar a Lei Geral do Turismo, o que já está em discussão desde 2013.
Desenvolvimento Regional
O parlamentar destacou a importância do turismo como fator de desenvolvimento regional. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desenvolvimento turístico de uma região gera impacto em 52 itens da economia local. E, também, no quesito geração de emprego, o setor é bastante forte, pois proporciona emprego e renda para milhões de trabalhadores. “Em nosso País, o setor gera 8,5 milhões de postos de trabalho diretos e indiretos, destes, cerca de 3 milhões são empregos diretos. Em Sergipe, o turismo é o segundo segmento da economia em geração de emprego”, apontou.
A frente da CDR, o senador tem se empenhado para que o setor seja um vetor de desenvolvimento das regiões historicamente mais frágeis do país. Para ele, o setor turístico tem enorme potencial no país e pode vir a tornar-se um dínamo capaz de impulsionar o desenvolvimento regional. “É de se esperar que o turismo se fortaleça nos próximos anos, estruturando-se como um dos mais consistentes pilares de nossa economia”, afirmou.
Turismo Mundial
O senador Valadares lembrou que apesar do destaque mundial, os números do turismo ainda são modestos. “Diante de tal quadro, não há como justificar que representemos, apenas, 1% do PIB do turismo mundial ou, ainda, que ocupemos o modestíssimo 45o lugar no ranking mundial de recepção de estrangeiros, e o 39o em termos de receita”, analisou. Para ele, não é justificável o quadro das disparidades regionais quanto ao fluxo de turistas ou ao nível de investimentos. “Rio de Janeiro e São Paulo respondem por 45% do afluxo de turistas internacionais, seguidos por estados do Sul”, exemplificou.
Por outro lado, admitiu que a indústria do turismo no Brasil vive um momento valioso. Segundo ele, dois fatores principais justificam os números crescentes do turismo internacional. Primeiro, a maior visibilidade de nosso País e segundo, o interesse geral causado pelos megaeventos esportivos que se aproximam. “Pelo lado do turismo doméstico, a atividade turística como produto de consumo dos brasileiros vem-se consolidando gradualmente, seja pelo crescimento da renda, seja pela ampliação de destinos turísticos de qualidade, seja ainda pelo estabelecimento de políticas específicas para o setor, sobretudo a partir da criação do Ministério do Turismo, em 2003, e a aprovação da Lei Geral do Turismo, em 2008”, apontou.
Copa do Mundo
Sobre a Copa do Mundo no Brasil, Valadares acredita que a meta do governo de atrair 600 mil estrangeiros e chegar à marca de 7 milhões de turistas em 2014, é plenamente exequível. “Em 2011, foram 5,4 milhões; no ano seguinte, 5,7 milhões; e, em 2013, atingimos 6,6 milhões de visitantes”, recordou.
O senador informou que a CDR ouviu do Ministro Moreira Franco, da Secretaria de Aviação Civil, que as reformas aeroportuárias ficariam prontas até a Copa. E que ele, juntamente com o Presidente da Infraero, frisou ainda que as obras assegurariam uma posição de conforto diante do aumento da demanda futura no pós-Copa. “Às vésperas que estamos dos grandes eventos esportivos, o trabalho por fazer é intenso e urgente. É preciso acelerar o ritmo de implantação de novos equipamentos urbanos, cuidar da mobilidade, eliminar outros gargalos infraestruturais e investir em qualificação de pessoal”, declarou.
Fonte:http://www.faxaju.com.br/conteudo.asp?id=183848
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