O diretor do Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico do Ministério do Turismo, Ricardo Moesch, disse há pouco que não faltará leitos nos hotéis do Rio de Janeiro para a Rio+20, em junho. Segundo ele, além dos hotéis da capital, serão utilizados hotéis de cidades que ficam em um raio de 100 quilômetros da capital fluminense.
Ricardo Moesch disse que, no ano passado, com receio de que houvesse falta de leitos para a Rio+20, o Ministério do Turismo fez contato com empresas como a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. O ministério pediu que transferissem para outras cidades os eventos que iriam realizar no Rio na época da conferência de meio-ambiente. "Assim, conseguimos os 10 mil apartamentos necessários", afirmou.
Além disso, ele disse que 13 mil apartamentos que não serão mais utilizados por delegações estrangeiras estarão disponíveis ao público.
Tarifas
De acordo com o representante do Ministério do Turismo, não houve "conluio" da cadeia hoteleira do Rio de Janeiro para aumentar os preços das tarifas dos hotéis por ocasião da Rio+20.
Ele afirma que a operadora de turismo Terramar, que ganhou a licitação para comercializar os pacotes de hospedagem para a Rio+20, por uma série de motivos, provocou o aumento dos preços das diárias dos hotéis - um desses motivos foi a alta taxa cobrada pela Terramar.
Segundo Ricardo Moesch, a taxa recebida por uma operadora de turismo é maior que a cobrada por uma agência de turismo, porque a operadora assume mais riscos. "O mercado trabalha com taxa de 10% a 30%. A Terramar, pelo contrato firmado, receberia 33%", explicou.
O representante do Ministério do Turismo afirmou que normalmente os hotéis cobram 10% de taxa de serviço e 5% de ISS. "Acrescida a esses valores, a taxa de 33% cobrada pela Terramar fez com que houvesse um aumento de 20% a 30% no valor final das diárias em relação ao preço das tarifas cobradas no Carnaval, que normalmente são mais altas, e em eventos similares à Rio+20 em Londres e Nova Iorque", disse Ricardo Moesch.
De acordo com a assessoria de imprensa da Terramar, a taxa cobrada é de 25% e não 33%, como disse o representante do Ministério do Turismo. Segundo a assessoria, 25% corresponde à taxa bruta média das operadoras de turismo no Brasil.
A audiência ocorre no Plenário 11.
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