terça-feira, 11 de outubro de 2011

A cara do emprego

Nos últimos anos, o otimismo tomou conta do Rio por conta do crescimento econômico e da pacificação de comunidades, entre outros motivos. Agora, mais do que uma sensação, estamos recebendo indícios de que o resgate da cidade é para valer.

O Ministério do Desenvolvimento apontou que o estado do Rio de Janeiro é o que mais recebe investimentos no país. E o nosso setor mostra que, após um longo período de estagnação, o cenário atual é promissor.

A pedido do SindRio, o economista Mauro Osório compilou uma série de dados do Ministério do Trabalho sobre o emprego em hotelaria, gastronomia e turismo no município. Ficou comprovado que a última década foi difícil: as oportunidades em bares e restaurantes cariocas cresceram 46,6% desde 2000, contra um aumento de 78,9% nas demais capitais. Porém, de 2009 para 2010, o emprego na gastronomia carioca cresceu 7%, bem próximo aos 8,9% da média nacional. Essas porcentagens representam a criação de oito mil empregos. O Rio é, proporcionalmente, uma das capitais que mais emprega no setor, com mais de 107 mil pessoas trabalhando em bares e restaurantes, quase 5% da força de trabalho da cidade.

Os hotéis e outros meios de hospedagem acompanham o movimento de recuperação. Após uma evolução nos empregos de 6,9% entre 2000 e 2010, contra uma média nacional de 13,6%, nos últimos anos as oportunidades na hotelaria do Rio cresceram 3,8%, enquanto o aumento total das atividades econômicas foi de 4%. Com 20 hotéis em construção, estes números têm tudo para se
tornarem ainda maiores.

Os restaurantes e bares cariocas seguem como uma das pontes para o ingresso de jovens no mercado de trabalho: 26% dos empregados têm até 24 anos de idade. A gastronomia também absorveu proporcionalmente mais pessoas com mais de 50 anos dos que os demais setores, passando de 5.056 empregados em 2000 para 9.471 no ano passado, um crescimento de 87%. E o setor de alimentação no Rio também é cada vez mais feminino: em dez anos elas foram de 22 mil a 40 mil postos de trabalho, um incremento de 79%.

Os resultados são bem positivos e deram o impulso necessário para compensar os anos de baixo desenvolvimento. É o momento de criar condições para que o Rio consolide sua posição de protagonista mundial.

Pedro De Lamare é presidente do SindRio

Fonte: http://www.sindrio.com.br/upload/sindrio/arquivo/setembro_2011.pdf

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