O encontro da IV Cúpula de Lausanne Rio 2011 terminou no alto da comunidade do Chapéu Mangueira, no bairro do Leme, Zona Sul do Rio de Janeiro, com as autoridades estrangeiras apreciando do alto da favela, a beleza da orla da Zona Sul do Rio de Janeiro e encantadas com o projeto de revitalização que vem sendo realizado pelo Projeto Morar Carioca Verde e com a segurança que hoje vive o lugar, após a pacificação e a implantação da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).
O segundo dia dos representantes, prefeitos e autoridades de cidades que já sediaram ou são candidatas a sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, foi marcado por visitas ao Sambódromo, onde acontecerão as competições de tiro com arco e a chegada da maratona, durante a Olimpíada do Rio 2016, e as comunidades da Babilônia e Chapéu Mangueira, onde vem sendo desenvolvidas práticas sustentáveis, que servirão de modelo na Rio +20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, prevista para 2012.
No Sambódromo os representantes foram acompanhados do secretário municipal de Turismo do Rio de Janeiro, Antônio Pedro Figueira de Mello, que mostrou um vídeo com a demolição da antiga fábrica da Brahma e apresentou uma maquete em 3D de como ficará o templo do samba carioca, após as reformas que devem terminar de acordo com o prefeito Eduardo Paes, no final deste ano.
Durante a primeira visita, o maior questionamento dos representantes estrangeiros, foi com o reaproveitamento dos entulhos da obra, que de acordo com Empresa Olímpica Municipal, estão sendo reciclados e utilizados na própria obra de reforma.
Já no Chapéu Mangueira, o engenheiro e coordenador do projeto Morar Carioca da secretária municipal de habitação, Mauricio Tostes, levou o grupo para passear pela comunidade e ver o andamento das obras no local. Tostes ainda explicou para os representantes, como as práticas sustentáveis estão sendo colocadas em práticas - com a utilização de materiais alternativos que não impermeabilizam o solo, como piso drenante e microjardinagem, iluminação pública de LED, coleta seletiva de lixo e a utilização de recursos de energia solar.
Durante a caminhada pela comunidade as maiores indagação foram sobre os recursos para a revitalização da área (que conta com financiamento do Governo Federal, do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e da Prefeitura do Rio de Janeiro) e de como a Prefeitura vem escolhendo os lugares para receber o Projeto Morar Carioca Verde (Babilônia e Chapéu Mangueira, fazem parte de um projeto-piloto, que se estenderá a todas as áreas carentes beneficiadas pelo Programa Morar Carioca, que visa urbanizar todas as comunidades do Rio até 2020).
Para a representante de Tókio, Akika Nagase, o projeto de sustentabilidade é fantástico e com certeza ajudará os moradores locais a terem uma vida melhor. "O que vem sendo feito aqui é uma grande oportunidade para melhorar a vida dessas pessoas. Eles moram num lugar lindo, com uma vista privilegiada, então merecem viver dignamente". O objetivo do encontro no Rio de Janeiro foi reunir autoridades estrangeiras para conhecer os conceitos de sustentabilidade que a cidade vem realizando para os eventos esportivos que sediará ao longo dos próximos anos.
por Monica Garcia
Fonte: http://esportes.terra.com.br/noticias/0,,OI5467079-EI14532,00-Autoridades+estrangeiras+sobem+a+comunidade+do+Chapeu+Mangueira.html
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